Dia 18 de Maio - Dia nacional da luta antimanicomial

18 de maio - Dia da Luta Antimanicomial

Para celebrar o Dia Nacional da Luta Antimanicomial, 18 de maio, a Associação Unidos pela Vida (AUV) e o CAPS II Araguaína organizaram uma programação especial na semana de 14 a 18 de maio. Haverá a Blitz da Loucura, que tem o objetivo de mobilizar a comunidade em prol de uma cultura de tratamento mais humanizada para com as pessoas portadoras de transtornos mentais, palestras, programas na TV local, passeioem balneário, além de atividades internas.

A Luta Antimanicomial é um processo de transformações nos Serviços Psiquiátricos. Refere-se a um conjunto de mudanças no tratamento à saúde mental e na própria concepção de “loucura”. Sua história no Brasil iniciou-se em 1987, no dia18 de maio, no município de Bauru - SP, onde funcionários, familiares e pacientes psiquiátricos, diante das“prisões manicomiais”, resolveram manifestar sua revolta em relação aos hospitais psiquiátricos que praticavam um poder desumanizante em relação aos pacientes.

Do Movimento Antimanicomial no Brasil, surgiu a Lei 10.216 de 2001 (Lei Paulo Delgado), sancionada em 2001, que apesar de não instituir mecanismos claros para a extinção dos manicômios, se dispõe a preservar os direitos dos portadores de doenças mentais.

O movimento da reforma psiquiátrica consiste em uma tentativa de humanizar a atenção dada às pessoas com diferentes transtornos mentais,com foco na promoção da saúde e na reabilitação psicossocial.A tentativa de implementar a reforma psiquiátrica apresenta-se como um dos grandes desafios da Saúde Mental. Dispositivos como os CAPS (Centros de Atenção Psicossocial) têm se mostrado eficientes na modificação do modelo que coloca o hospital psiquiátrico como referência para atender essa população.

O CAPS surge, então, como um serviço que institui as principais estratégias da reforma psiquiátrica, que são acolher os pacientes com transtornos mentais, promover sua integração na família e na sociedade, apoiá-los na busca de autonomia e proporcionar atendimento multiprofissional. Através de diversas estratégias, o atendimento nos CAPS,que são integrados ao Sistema Único de Saúde (SUS), busca promover a reinserção completa do usuário em seu ambiente social e cultural, fazendo com que este possa se apropriar do território em que vive, ou seja, sua cidade.

A Associação Unidos pela Vida (AUV), neste momento, ressalta o seu compromisso com os movimentos sociais antimanicomiais. É hora de avançar na construção de redes intersetoriais que possibilitem a diversidade do cuidado, a crítica, a ética e o respeito. Redes que ampliem a possibilidade de construção de um modelo de desenvolvimento solidário, diverso e com justiça social.

Anette Kelsei Partata

Farmacêutica do CAPS II Araguaína